A lista dos vilões existentes no mundo é muito extensa, Coringa, Ultron, Bane,
Carminha, Eduardo Cunha, aquele general lá do filme do Superman… Mas nenhum deles é tão
odiado quanto o glúten.
Na verdade, o glúten nem é um vilão, é uma proteína presente no trigo, na aveia, na
cevada e no centeio, que só é prejudicial à pessoa celíaca, alguém intolerante ao glúten. O
Conselho Regional de Nutricionistas divulgou em 2015 um parecer técnico dizendo que não
encontra motivos científicos nutricionais para a restrição da proteína em pacientes que não
possuam a doença celíaca ou alergia ao glúten.
Ultimamente, cortar a ingestão de glúten é sinônimo de sucesso na dieta e de perda de
peso e medidas, mas o glúten mesmo não tem nada a ver com isso. O resultado aparece
porque quando cortamos o glúten, na verdade estamos excluindo ou substituindo uma série de
alimentos por alternativas menos calóricas (e muitas vezes menos gostosas também, não se
engane…).
É um efeito cascata positivo, errado, mas positivo. Não existe nenhuma razão para a
restrição ao famigerado glúten, mas o resultado aparece. Moral da história? Não vai fazer mal
cortar o glúten, pode ser um pouquinho caro e menos saboroso, mas tirálo
da dieta pode trazer
resultados. Só não precisa crucificar o pobrezinho, nem o coleguinha que não abre mão da
maravilhosa farinha branca. ;)